O que desejo é que tenhamos um governo com preocupação social e humanitária. Mas a questão central não é apenas o candidato, mas sim o Partido ao qual ele pertence. . O próprio TSE – Tribunal Superior Eleitoral erra na campanha pela TV ao pregar o voto apenas no Candidato, insistindo que se avalie somente a honestidade e a competência individual. É claro que isto é importante mas a meu ver há um “esquecimento” intencional ou não da função dos Partidos que nas Democracias tem papel fundamental na continuidade das políticas de governo.
Tem muita gente repetindo a ladainha de que todos os partidos são iguais, mas essa opinião não resiste a 5 minutos de argumentação.
Basta ver as atitudes tomadas pelos partidos quando assumem o poder.
Exemplos:
PSDB e DEMO – Ex PFL, estiveram oito anos no poder, sendo que o PFL estava desde o fim da Ditadura. Praticaram o Neo-liberalismo selvagem, entregando o país a sanha do capital especulativo. Privatizaram ou doaram tudo o que puderam num processo marcado pela Corrupção (que a mídia não investigou), aumentaram os impostos de 25% do PIB (Governo Itamar) para 36% (Final do governo FHC). Pagaram a banca internacional como nunca, mas a dívida externa dobrou e a interna foi multiplicada por oito. Retiraram direitos de trabalhadores (Contratos temporários) e de aposentados (Fator Previdenciário) alegando que isso geraria empregos mas acabou produzindo mais miséria e exclusão. Nos Governos Municipais e Estaduais repetem a mesma receita vencida.
Já no atual Governo, apoiado pelos partidos de esquerda, PCdoB, PT, PSB, PDT, PHS e outros, todos de tendência socialista e demais partidos da base como PR e PMDB que também possuem no seu interior preocupações sociais um pouco mais fortes, as diferenças de ação são gritantes. Apesar da constante disputa entre as forças progressistas e as forças do atraso que se fazem presentes na forma de pressão de todos os tipos (inclusive da Mídia que é da Direita) têm sido rechaçadas as constantes tentativas de se retirar mais direitos de trabalhadores e aposentados. O Governo convoca regularmente as Conferências Nacionais (da Mulher, do Idoso, do Jovem, do Índio, do Esporte, etc) com as quais a Sociedade é ouvida e os Ministros recebem as linhas diretivas das políticas públicas. O processo de privatização foi paralisado e quando foi tentado (no caso das estradas) os valores de pedágio obtidos foram cerca de 70% mais baixos. Foi iniciado um programa estruturante para o crescimento – o PAC – que mesmo com a torcida negativa da mídia vai vencendo resistências (IBAMA, TCU e Lei das Licitações) preparando o país para os próximos 20 anos. Mesmo com todas as deficiências e debilidades do nosso país, nos tornamos auto-suficientes em petróleo e com o pré-Sal seremos exportadores e se não fosse a crise americana provocada pelo desgoverno Bush, a meta de 10 milhões de empregos seria cumprida facilmente. Na saúde foi aprovada a emenda 29 e foi aprovada Tb. a CSS – Contribuição Social para a Saúde de 0,1 % sobre movimentações financeiras, teremos mais recursos para o Setor. Na educação foi aprovado o Fundeb que criará as tão sonhadas creches de tempo integral que permitirão aos pais e mães deixarem seus filhos em uma instituição educacional e trabalharem tranqüilos. Estão sendo construídas 10 novas Universidades Federais (ainda é pouco) e mais 200 Cefetes e com o Pró-uni vários estudantes de baixa renda têm bolsas parciais ou integrais em faculdades particulares. O país cresce e cada vez mais e mais pessoas passam a integrar a classe média.
Só uma coisa me preocupava:
“Que as críticas feitas a Lula e seu Governo, alegando coisas que não foram feitas ou que estão erradas somente serviam a um propósito, que é fazer retornar o PSDB, o DEMO ou seus comparsas ao poder em 2010. Se isto tivesse ocorrido, além de não fazerem nada daquilo que criticam ainda desmontariam o pouco que foi conseguido. Caso eles tivessem tomado o poder, quem governaria o Brasil seria a falida Wall Street (o muro que caiu) e a Casa Branca.
Nossa tarefa é olhar o país que queremos para o futuro e procurar comparar os governos. Talvez agora possamos avançar mais, gerando mais emprego e distribuindo renda de forma mais justa e igualitária com um governo comprometido com o social. Pelo menos em quatro anos não retornaremos ao período caótico que foi de 94 a 2002 onde o país foi a falência econômica e social.